quarta-feira, 20 de novembro de 2013

A droga da felicidade.




O livro Admirável Mundo Novo escrito por Aldous Huxley e publicado em 1932 narra um hipotético futuro onde as pessoas são pré condicionadas biologicamente e condicionadas psicologicamente a viverem em harmonia com as leis e regras sociais, dentro de uma sociedade organizada por  castas . A sociedade desse "futuro" criado por Huxley não possui a ética religiosa e valores morais que regem a sociedade atual. Qualquer dúvida e insegurança dos cidadãos era dissipada com o consumo da droga sem efeitos colaterais aparentes chamada "soma".

Há uma tendência em todo organismo vivo, a regular-se pelo princípio do prazer que  conduz à  busca de uma satisfação imediata. A felicidade é um conceito subjetivo relativo à nossa condição humana. O homem se sente isolado e ludibriado por um sonho de consumo onde o objeto torna-se um bem supremo tentando suprir uma falta que é estrutural e inerente a todo ser vivente. Nada, nenhum objeto pode completar –nos.  A busca da felicidade através das drogas  é consequência deste engano: tentando aliviar-se de seus sintomas, pessoas buscam cada vez mais caminhos fáceis e rápidos. Numa sociedade cada vez mais individualista e competitiva, onde a comunicação está a cargo dos aparelhos de televisão e dos computadores, torna-se difícil para um jovem não cair vítima da ilusão de que a  felicidade pode ser comprada.


Hoje existem drogas que acalmam e porque acalmam seriam propostas de felicidade para quem precisa de paz. Tem outras que propõem momentos de excitação e isso seria o caminho da felicidade para os que desejam ter ânimo. E, outras que desorganizam ou desestruturam a mente, pois fugir da realidade seria uma forma de encontrar a felicidade. Sair da real. Uma delas foi até rotulada de a droga da felicidade. Prozac, quimicamente designado como fluoxetina. Os antidepressivos viraram uma válvula de escape acessível, que traz uma aparente sensação de preenchimento de forma rápida e eficaz. Por que com a droga procura-se a felicidade?

Pílulas da felicidade não existem, mas a inclusão de ações simples no dia a dia são fundamentais para a saúde mental e proporcionam melhor qualidade de vida, como atividade física regular, alimentação equilibrada, relacionamentos sólidos com familiares e amigos, vida sexual saudável e até mesmo grupos religiosos constituem importantes estratégias para a promoção da saúde mental.  Ao contrário do que muita gente pensa, a felicidade momentânea não é vendida na farmácia mais próxima. Os antidepressivos, erroneamente utilizados por algumas pessoas como calmantes, reguladores do sono ou inibidores da angústia e da ansiedade, são medicações que atuam nos transtornos depressivos e,  por este motivo, devem ser tomados apenas sobre prescrição e acompanhamento médico.
 
Os antidepressivos agem no cérebro aumentando a disposição de substâncias chamadas neurotransmissores. O aumento destas substâncias promove uma série de eventos químicos dentro das células nervosas, que se traduzem na melhora dos sintomas e sinais da síndrome depressiva.


 Os especialistas são enfáticos: não existe hormônio da felicidade. O que existe são os neurotransmissores funcionando adequadamente. Eles proporcionam a sensação de bem estar que se convencionou chamar de felicidade. Os medicamentos antidepressivos funcionam em pessoas com doenças psiquiátricas. Não melhoram o humor ou tornam indivíduos normais mais felizes.

Se nos limitamos a tomar o medicamento e não nos mobilizamos em direção a fazer as alterações que a vida está pedindo, ao pararmos a medicação, tudo tende a voltar à estaca zero.

domingo, 17 de novembro de 2013

Síndrome do pânico





O transtorno do pânico é uma síndrome caracterizada pela presença de ataques de pânico; crises espontâneas de mal-estar e sensação de perigo ou morte iminente, com múltiplos sintomas e sinais de alerta e hiperatividade autonômica.

As crises da síndrome do pânico duram em média de 15 a 30 minutos e vem sem avisar. São mais frequentes no sexo feminino e podem ocorrer em qualquer idade, mas sua maior incidência é entre a puberdade e os 35 anos.

Entre os sintomas que caracterizam esse quadro se podem citar:
  • Dor no peito ou desconforto
  • Tontura ou desmaio
  • Medo de morrer
  • Medo de perder o controle ou de uma tragédia iminente
  • Sensação de engasgar
  • Sentimentos de indiferença
  • Sensação de estar fora da realidade
  • Náuseas ou mal-estar estomacal
  • Dormência ou formigamento nas mãos, nos pés ou no rosto
  • Palpitações, ritmo cardíaco acelerado ou taquicardia
  • Sensação de falta de ar ou sufocamento
  • Suor, calafrios ou ondas de calor
  • Tremores 
O transtorno do pânico, apesar de ser um quadro muito antigo e haver sobre ele, descrição e registros desde a Grécia antiga, só foi descrito em 1980 na classificação dos transtornos de ansiedade, pela Associação Americana de Psiquiatria.

A causa é desconhecida A genética pode ser um fator determinante, mas em geral ocorre sem que haja nenhum histórico familiar. 

Para o tratamento uma combinação entre medicamentos e terapia cognitivo comportamental (TCC) funciona melhor. A terapia cognitivo comportamental ajuda a entender seus comportamentos e o que fazer para mudá-los. 

 Durante a terapia, você aprenderá a:
  • Entender e controlar as visões distorcidas dos causadores de estresse da vida, como o comportamento de outras pessoas ou eventos importantes.
  • Reconhecer e substituir os pensamentos que causam pânico, diminuindo o sentimento de impotência.
  • Gerenciar o estresse e relaxar quando os sintomas ocorrerem.
  • Imaginar as situações que causam a ansiedade, começando pela menos assustadora. 
  • Envolver-se lentamente com as situações da vida real pode ajudá-lo a superar os medos.
As seguintes ações também podem ajudar a reduzir o número e a gravidade dos ataques de pânico:

  • Fazer exercícios regulares
  • Dormir o suficiente
  • Fazer refeições regulares
  • Reduzir ou evitar a cafeína, alguns remédios para gripe e estimulantes.