domingo, 15 de dezembro de 2013

Negação




Negação é a tentativa de não aceitar na consciência algum fato que perturba o Ego. Os adultos têm a tendência de fantasiar que certos acontecimentos não são, de fato, do jeito que são, ou que na verdade nunca aconteceram.

A negação é um elemento essencial do mecanismo de defesa humano. Sem ela , todas as manhãs acordaríamos apavorados só de pensar em todas as maneiras como poderíamos morrer. 

Nossa mente bloqueia o medo existencial, concentrando-se em estresses com os quais podemos lidar: como não chegar atrasado no trabalho ou como pagar as contas em dia. 


Mesmo que tenhamos medos mais graves, de natureza existencial, nós os descartamos bem rápido para
nos concentrar em tarefas simples e banalidades cotidianas.
 

Para Freud, a negação é uma defesa contra realidades externas que ameaçam o ego, e muitos psicólogos hoje diriam que pode ser uma defesa protetora diante de notícias intoleráveis, como a de um diagnóstico de câncer.
 

Estudos recentes das mais diversas áreas, como psicologia e antropologia, sugerem que a capacidade de olhar na outra direção, embora seja potencialmente destrutiva, é também de fundamental importância para construir e nutrir  relacionamentos próximos. Os truques psicológicos que as pessoas usam para ignorar um problema desagradável nas próprias famílias são os mesmos de que elas precisam para conviver com a desonestidade e a traição comuns ao homem, sejam detectadas nelas mesmas ou em terceiros. E são exatamente essas habilidades altamente evoluídas, como sugerem as pesquisas, que servem de base para o mais aplacador de todos os atrativos humanos, o perdão.

Fonte:
Livro Inferno de Dan Brown
http://moranapsicologia.blogspot.com.br/2006/07/macanismos-de-defesa-psicanlise-iv.html
http://g1.globo.com/Noticias/Ciencia/0,,MUL190437-5603,00.html

quarta-feira, 20 de novembro de 2013

A droga da felicidade.




O livro Admirável Mundo Novo escrito por Aldous Huxley e publicado em 1932 narra um hipotético futuro onde as pessoas são pré condicionadas biologicamente e condicionadas psicologicamente a viverem em harmonia com as leis e regras sociais, dentro de uma sociedade organizada por  castas . A sociedade desse "futuro" criado por Huxley não possui a ética religiosa e valores morais que regem a sociedade atual. Qualquer dúvida e insegurança dos cidadãos era dissipada com o consumo da droga sem efeitos colaterais aparentes chamada "soma".

Há uma tendência em todo organismo vivo, a regular-se pelo princípio do prazer que  conduz à  busca de uma satisfação imediata. A felicidade é um conceito subjetivo relativo à nossa condição humana. O homem se sente isolado e ludibriado por um sonho de consumo onde o objeto torna-se um bem supremo tentando suprir uma falta que é estrutural e inerente a todo ser vivente. Nada, nenhum objeto pode completar –nos.  A busca da felicidade através das drogas  é consequência deste engano: tentando aliviar-se de seus sintomas, pessoas buscam cada vez mais caminhos fáceis e rápidos. Numa sociedade cada vez mais individualista e competitiva, onde a comunicação está a cargo dos aparelhos de televisão e dos computadores, torna-se difícil para um jovem não cair vítima da ilusão de que a  felicidade pode ser comprada.


Hoje existem drogas que acalmam e porque acalmam seriam propostas de felicidade para quem precisa de paz. Tem outras que propõem momentos de excitação e isso seria o caminho da felicidade para os que desejam ter ânimo. E, outras que desorganizam ou desestruturam a mente, pois fugir da realidade seria uma forma de encontrar a felicidade. Sair da real. Uma delas foi até rotulada de a droga da felicidade. Prozac, quimicamente designado como fluoxetina. Os antidepressivos viraram uma válvula de escape acessível, que traz uma aparente sensação de preenchimento de forma rápida e eficaz. Por que com a droga procura-se a felicidade?

Pílulas da felicidade não existem, mas a inclusão de ações simples no dia a dia são fundamentais para a saúde mental e proporcionam melhor qualidade de vida, como atividade física regular, alimentação equilibrada, relacionamentos sólidos com familiares e amigos, vida sexual saudável e até mesmo grupos religiosos constituem importantes estratégias para a promoção da saúde mental.  Ao contrário do que muita gente pensa, a felicidade momentânea não é vendida na farmácia mais próxima. Os antidepressivos, erroneamente utilizados por algumas pessoas como calmantes, reguladores do sono ou inibidores da angústia e da ansiedade, são medicações que atuam nos transtornos depressivos e,  por este motivo, devem ser tomados apenas sobre prescrição e acompanhamento médico.
 
Os antidepressivos agem no cérebro aumentando a disposição de substâncias chamadas neurotransmissores. O aumento destas substâncias promove uma série de eventos químicos dentro das células nervosas, que se traduzem na melhora dos sintomas e sinais da síndrome depressiva.


 Os especialistas são enfáticos: não existe hormônio da felicidade. O que existe são os neurotransmissores funcionando adequadamente. Eles proporcionam a sensação de bem estar que se convencionou chamar de felicidade. Os medicamentos antidepressivos funcionam em pessoas com doenças psiquiátricas. Não melhoram o humor ou tornam indivíduos normais mais felizes.

Se nos limitamos a tomar o medicamento e não nos mobilizamos em direção a fazer as alterações que a vida está pedindo, ao pararmos a medicação, tudo tende a voltar à estaca zero.

domingo, 17 de novembro de 2013

Síndrome do pânico





O transtorno do pânico é uma síndrome caracterizada pela presença de ataques de pânico; crises espontâneas de mal-estar e sensação de perigo ou morte iminente, com múltiplos sintomas e sinais de alerta e hiperatividade autonômica.

As crises da síndrome do pânico duram em média de 15 a 30 minutos e vem sem avisar. São mais frequentes no sexo feminino e podem ocorrer em qualquer idade, mas sua maior incidência é entre a puberdade e os 35 anos.

Entre os sintomas que caracterizam esse quadro se podem citar:
  • Dor no peito ou desconforto
  • Tontura ou desmaio
  • Medo de morrer
  • Medo de perder o controle ou de uma tragédia iminente
  • Sensação de engasgar
  • Sentimentos de indiferença
  • Sensação de estar fora da realidade
  • Náuseas ou mal-estar estomacal
  • Dormência ou formigamento nas mãos, nos pés ou no rosto
  • Palpitações, ritmo cardíaco acelerado ou taquicardia
  • Sensação de falta de ar ou sufocamento
  • Suor, calafrios ou ondas de calor
  • Tremores 
O transtorno do pânico, apesar de ser um quadro muito antigo e haver sobre ele, descrição e registros desde a Grécia antiga, só foi descrito em 1980 na classificação dos transtornos de ansiedade, pela Associação Americana de Psiquiatria.

A causa é desconhecida A genética pode ser um fator determinante, mas em geral ocorre sem que haja nenhum histórico familiar. 

Para o tratamento uma combinação entre medicamentos e terapia cognitivo comportamental (TCC) funciona melhor. A terapia cognitivo comportamental ajuda a entender seus comportamentos e o que fazer para mudá-los. 

 Durante a terapia, você aprenderá a:
  • Entender e controlar as visões distorcidas dos causadores de estresse da vida, como o comportamento de outras pessoas ou eventos importantes.
  • Reconhecer e substituir os pensamentos que causam pânico, diminuindo o sentimento de impotência.
  • Gerenciar o estresse e relaxar quando os sintomas ocorrerem.
  • Imaginar as situações que causam a ansiedade, começando pela menos assustadora. 
  • Envolver-se lentamente com as situações da vida real pode ajudá-lo a superar os medos.
As seguintes ações também podem ajudar a reduzir o número e a gravidade dos ataques de pânico:

  • Fazer exercícios regulares
  • Dormir o suficiente
  • Fazer refeições regulares
  • Reduzir ou evitar a cafeína, alguns remédios para gripe e estimulantes.

domingo, 6 de outubro de 2013

Lidando com o luto

Como lidar com a ausência eterna da pessoa que tanto se ama? Que dor é essa no peito, que nó na garganta?

A sensação de perda é um sentimento que mais cedo ou mais tarde todos vamos experimentar, pois todos nos defrontamos com a morte de alguém querido durante a vida. E por mais que procuramos entender, nunca estamos preparados para esse momento.
O luto não é apenas um sentimento, mas uma série de sentimentos característicos e que levam certo tempo para passar. A tristeza é o sentimento mais comumente experimentado após a morte de alguém com forte vínculo afetivo.
A primeira sensação é uma espécie de atordoamento emocional, como se não pudesse acreditar que realmente aconteceu. Ao vivenciar o luto a maioria das pessoas passa por fases parecidas dentro desse processo: o choque, a negação da morte, a revolta (que pode vir acompanhada de culpa) e, por fim, a tristeza profunda, que é a constatação de que tal perda é irreversível. Cada um tem um jeito diferente de expressar sua dor. Há quem se recolha e prefira não tocar no assunto, e há quem sinta necessidade de falar compulsivamente sobre a situação. O importante nessas horas é não reprimir as emoções, as suas ou as alheias.
A raiva é um sentimento presente no luto – principalmente da equipe médica e outros profissionais que não impediram a morte, de amigos ou parentes que não fizeram o suficiente para evitar a morte, ou mesmo da pessoa que “deixou-se” morrer.
Outro sentimento comum é a culpa. As pessoas procuram em sua mente tudo o que gostariam de ter dito ou feito para a pessoa falecida, ou o que poderia ter sido feito para ter evitado a morte. Também pode surgir a culpa  diante da sensação de alívio emocional que se sente depois de alguém morrer, geralmente depois de uma doença crônica, demorada e dolorosa. 

 

O luto é o lento processo de redefinição da nossa vida sem a presença de alguém que amamos. Leva tempo e paciência para nos adaptarmos a esta grande perda. Com o passar do tempo, o sofrimento do luto feroz cede e começa a dissipar-se. Diminuem os sintomas depressivos e a pessoa sente ser possível começar a pensar em outras coisas, a olhar novamente para o futuro. Não há uma fórmula a ser empregada, nem um planejamento a seguir. O luto é o processo de retomarmos muitas e muitas vezes às nossas memórias, sentimentos e imagens de nosso ente querido até que a perda se torne suportável. No entanto, a sensação de ter perdido uma parte de si mesmo costuma demorar muito tempo ainda ou nunca desaparecer totalmente.

sexta-feira, 27 de setembro de 2013

Nostalgia

Nostalgia é um termo que descreve uma sensação de saudade idealizada,  e às vezes irreal, por momentos vividos no passado associada com um desejo sentimental de regresso impulsionado por lembranças de momentos felizes e antigas relações sociais. 

Em nossos dias, é comum nos afligirmos diante da velocidade com que o tempo passa, cada vez mais acelerada. O presente escapa rapidamente à nossa percepção, e quando nos damos conta, décadas já se foram sem que percebêssemos. A nostalgia é um sentimento ainda mais vivo nestes momentos, pois transmite ao coração uma emoção semelhante à saudade de uma era que já passou.

Psicologicamente a nostalgia nos permite conectar todos os eventos da nossa vida e tornar as transições menos dolorosas. Levar conosco sempre um tipo de pacote afetivo da pessoa que deixa de ser. A psicologia vê nesta experiência nostálgica um meio de fugir das atribulações e responsabilidades diante do universo adulto, um fenômeno conhecido como escapismo.

 Às vezes essa prática ganha uma amplitude incomum, quando indivíduos ou grupos de pessoas passam a viver completamente no passado, como motoqueiros que passam a vida voltados para um estilo existencial anacrônico, fixados em comportamentos antigos, agindo como jovens rebeldes, apesar de já estarem na casa dos 50 ou 60 anos. Ou adultos que agem como adolescentes rebeldes, tanto na forma de se vestirem, quanto na esfera comportamental – vivendo como ‘hippies’, ‘punks’, ou adeptos de outras tribos. A nostalgia ganha então contornos psiquicamente conturbados. 



A nostalgia já foi considerada uma condição médica no início da Era Moderna por ser associada com a melancolia.

domingo, 15 de setembro de 2013

Crise: perigo ou oportunidade?


Crise é uma mudança brusca ou uma alteração importante no desenvolvimento de um evento ou acontecimento. Essas alterações podem ser físicas ou simbólicas. Crise também é uma situação complicada ou de escassez. Um momento perigoso ou difícil de uma evolução ou de um processo; período de desordem acompanhado de busca penosa de uma solução.


 É o processo de alteração que ameaça uma estrutura. Essa alteração gera incerteza, uma vez que não se consegue determinar a sua consequência. Sempre que há uma alteração profunda e deriva em algo novo, trata-se, nesse caso, de uma revolução.

Também pode se definir como um momento perigoso ou difícil de uma evolução ou de um processo; período de desordem acompanhado de busca penosa de uma solução.

sexta-feira, 13 de setembro de 2013

PNL Programação Neurolinguística




 A Programação Neurolingüística é um processo educacional sobre como usar melhor o nosso cérebro e alcançar quaisquer resultados que desejamos, tornando possível conseguir excelência em qualquer campo de interesse.
 A PNL surgiu do interesse em compreender, descrever e ensinar modelos comportamentais e linguísticos de pessoas consideradas excelentes naquilo que faziam, e por isso também é conhecida como a arte da Excelência Humana.
 Vem revolucionando os métodos de comunicação e desenvolvimento humano, sendo largamente procurado por pessoas das áreas de terapia, gestão de pessoas, vendas, treinamento, educação e comunicação, entre outras.
 A PNL é baseada na ideia de que a mente, o corpo e a linguagem interagem para criar a percepção que cada indivíduo tem do mundo, e tal percepção pode ser alterada pela aplicação de uma variedade de técnicas. A fonte que embasa tais técnicas, chamada de "modelagem", envolve a reprodução cuidadosa dos comportamentos e crenças daqueles que atingiram o "sucesso".
A programação neurolinguística surgiu na Universidade da Califórnia (EUA) no final dos anos 60 e início dos anos 70 com John Grinder e Richard Bandler.  O foco original da PNL foi o estudo dos padrões fundamentais da linguagem e técnicas de três terapeutas renomados e bem-sucedidos Dr. Milton Erickson ( hipnoterapia), Fritz Perls (gestalt) e Virginia Satir (terapia familiar sistêmica). Mais tarde, os padrões descobertos foram adaptados visando proporcionar uma capacidade pessoal de se comunicar de forma mais efetiva e também a realização de mudanças.
A PNL é hoje considerada um dos modelos mais eficientes em processos de mudanças breves e objetivas. Pode ser utilizada tanto para questões emocionalmente complexas como depressão, pânico, vícios, fobias, timidez e insegurança, como para questões comportamentais mais simples como uma dificuldade de estudar ou resistência para praticar exercícios. Mais do que um tratamento, a PNL oferece um processo catalisador de desenvolvimento pessoal em qualquer área da vida.
Além disso, a PNL também é um modelo poderoso de comunicação que traz resultados altamente positivos nos relacionamentos e na aprendizagem.

domingo, 8 de setembro de 2013

Como escolher a profissão certa?






Escolher uma profissão é bem complicado. Não há uma resposta simples e direta. É você que deve construir esta resposta.

O primeiro critério é a vocação que pode ser traduzida por um chamado interno. Em outras palavras você deve se sentir capaz de fazer aquele trabalho a que se propõe com gosto, prazer e desenvoltura, sem sentir-se oprimido e curtindo como se tivesse fazendo uma brincadeira séria. O que eu quero conquistar com a minha profissão? O segundo critério é  constatar se o mercado de trabalho, a curto e médio prazo, após se formar, lhe permitirá auto sustentabilidade.

Busque informações rigorosas (na Internet, nos guias de profissão, em revistas, em feiras etc.). Algumas questões precisam estar claras para você: Como é o campo de trabalho de determinada profissão?. Qual é a média de salário desses profissionais? Quais são as disciplinas do curso que pretendo fazer? O que determinada profissão exige do profissional? E assim até reunir todas as informações relevantes sobre uma profissão ou outra.

Visite universidades muitas faculdades públicas e privadas têm aberto suas portas para vestibulandos curiosos para conhecerem a rotina da instituição, o ambiente, as disciplinas dos cursos e, assim, certificarem-se de que estão (ou não) fazendo a escolha mais afinada ao seu perfil. Procure  o coordenador do curso. Ele é a pessoa mais preparada para dar todas as informações de que você precisa. Vá com sua família e amigos e tire todas as suas dúvidas.

Ainda assim, se não tiver segurança para esta análise opte por um teste vocacional. Procure um profissional para se sentir seguro com uma escolha que já foi feita ou mesmo para receber ajuda desde o início do processo. Alguns colégios também oferecem orientação vocacional aos alunos. Mas não pense que um orientador vocacional irá te dar a resposta pronta. O trabalho é apenas um instrumento para você conseguir se conhecer melhor e descobrir habilidades e aptidões.


quinta-feira, 25 de julho de 2013

Terapia Cognitiva Judith S. Beck



É essencial para o terapeuta aprender a conceituar
as dificuldades do paciente em termos cognitivos, a fim
de determinar como proceder na terapia - quando trabalhar
sobre uma meta específica, pensamento automático, crença
ou comportamento; que técnicas escolher e como melhorar
o relacionamento terapêutico.
É importante para o terapeuta colocar-se no lugar do
paciente para desenvolver empatia pelo que o paciente
está passando, entender como ele está sentindo-se e
perceber o mundo através dos seus olhos.